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Onde é que andamos com a cabeça?

  • Foto do escritor: SPais Terapeuta
    SPais Terapeuta
  • 18 de set. de 2018
  • 3 min de leitura

Actualmente, é usual que esteja voltada para baixo, com os olhos colados ao telemóvel, a verificar emails, a passar tempo nas redes sociais, a escrever e a ler mensagens...

Movimentos repetitivos são executados pelas nossas mãos e dedos, enquanto esperamos pelo café, caminhamos a pé ou mesmo quando estamos sentados na casa de banho. Estas posições não são nada famosas para a nossa cervical - quanto mais esta está inclinada para a frente, mais aumenta o peso que ela deve suster (o peso da nossa cabeça!).

A cabeça humana pesa entre 4,5 a 5,5 kg. Ao incliná-la para a frente, a força da gravidade impõe um aumento do esforço na base de sustentação – a cervical. Quanto maior o ângulo de inclinação, maior será o peso imposto à cervical. Quando a cabeça faz um ângulo de 15 graus - o peso suportado é de 15 kg (um acréscimo de 3,34 vezes ao peso da cabeça); aos 30 graus - 18 kg (mais 4 vezes o peso da cabeça); aos 45 graus - 22 kg (mais 4.9 vezes); e aos 60 graus - 27 kg, mais 6 vezes o peso da cabeça.

Quantas horas é que passa a olhar para o telemóvel ou tablet, numa destas posições ?

Actualmente passamos uma média de 2 a 4 horas diárias a olhar para estes aparelhos, com a cabeça inclinada para a frente.

Como o nosso corpo é adaptável e inteligente, de uma forma geral nem damos por este acréscimo de esforço. No entanto, com o tempo, começamos a sentir dores na cervical, dificuldade em virar a cabeça, rigidez, aumento de tensão nos ombros, pescoço e braços.

O que é que podemos fazer, então? Corrigir a postura é fundamental - começar a olhar para o aparelho mantendo a coluna em posição neutra, não tensionada, com o queixo a apontar para baixo (mais junto ao peito), mantendo a cervical na sua posição natural, as orelhas alinhadas com os ombros, as omoplatas retraídas e o peito aberto (esticado para fora). Lembra-se dos seus educadores lhe dizerem, quando era criança e comia sopa, que a colher ia à boca e não o contrário? Aqui é um bocadinho assim: levante a mão e coloque o aparelho ao nível dos olhos, evite fazer o contrário.

É essencial também fazer por diminuir substancialmente o tempo que passamos agarrados ao telemóvel.

Crie o hábito diário de movimentar e alongar o pescoço: sente-se com as costas direitas e o pescoço na posição descrita anteriormente - os movimentos deverão ser efectuados bem devagar, para evitar tonturas e até ao limite com o qual se sentir confortável. Comece por fazer umas 5 repetições e com a prática aumente o número. Preparad@? Vamos lá então:

  • Rode a cabeça (eixo vertical) e olhe para a direita. Sinta o alongamento nos músculos do pescoço do lado esquerdo, vai começando a rodar para a esquerda e quando estiver a olhar para o lado esquerdo, sinta o alongamento do lado direito.

  • Olhe em frente. Aproxime a sua orelha direita do seu ombro direito, sinta o alongamento do lado esquerdo. Tenha o cuidado de não levantar o ombro do lado esquerdo. Volte a colocar a cabeça na posição neutra e a olhar em frente. Repita para o lado contrário. Pode forçar suavemente com a mão do lado para o qual está a inclinar a cabeça, para um maior alongamento.

  • Olhe em frente. Aproxime o seu queixo do peito. Sinta o alongamento na parte de trás do pescoço. Volte à posição neutra, ao centro. Agora bem devagar, faça o movimento no sentido contrário - para ser mais confortável, apoie o pescoço nas suas mãos. Os braços devem estar relaxados.

  • Aproxime o queixo do peito. Bem devagar descreva um circulo com a cabeça, iniciando pelo lado direito. Repita para o lado contrário.

Experimente implementar estas alterações ao seu dia-a-dia e melhore o seu bem-estar!



 
 
 

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